Hoje ando distraído a amanhar a terra do meu jardim
provo as laranjas amadurecidas e doces do natal
acaricio a hortelã, o limonete, as gerberas, o alecrim,
entristece-me ver as roseiras esmorecidas no roseiral.
É inverno natural e no inverno faz sempre frio
arrefecem-se-me as mãos ao mexer no chão
digo baixinho um palavrão que balbucio
penso no natal, na paz, no amor, por uma razão.
Penso nos amigos, nas coisas boas e menos boas,
na minha família que é a luz da minha vitalidade,
penso na angústia de certas e determinadas pessoas
sem espírito natalício e sem alacridade.
Por onde andará o espírito natalício de outros tempos
quando as famílias se entendiam com boas maneiras
respeitavam-se mutuamente nos seus passatempos
e eram felizes e divertidas ao redor das suas lareiras.
ArtCar (Artur Cardoso)
(Poema de minha autoria).
. Como os poetas que cantam...
. Recordando... Inocentes s...
. A Poesia e a Alma do Poet...