Correm águas transparentes nas ribeiras,
nos pequenos riachos e nos ribeiros,
crescem nas suas margens figueiras,
junquilhos e salgueiros.
Correm cristalinas as águas das fontes
onde o sol de outono amadurece os marmelos
apanham-se as castanhas nos montes
dos castanheiros frondosos e belos.
Caçam pela noite os lobos noturnos
e piam os mochos solitários
espreitam dos fraguedos os coelhos furibundos
que não gostam dos lobos famintos e temerários.
A paisagem é tranquila e amena
naquelas serranias fascinantes e sensacionais
a água que corre despreocupada e serena
mata a sede a todas as aves e animais.
Por esta altura do ano e depois das colheitas
gradua em repouso o envasilhado vinho
além de outras apanhas já feitas
prova-se o novo vinho no S. Martinho.
Socalcos de extensas vinhas excecionais
expostas e abrigadas ao soalheiro
de cores variadas e desbotadas outonais
fazem sorrir o seu dono vinhateiro.
São fonte rica de rendimento
o vinho, a amêndoa e a azeitona
e outros mais produtos são suplemento
que abundam por aquela zona.
Lindíssimo panorama paisagístico
onde tudo isto existe em abundância
é procurado tal lugar turístico
de farta e refinada exuberância.
ArtCar (Artur Cardoso)
(Poema de minha autoria).
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