Casto e honrado lavrador na sua pujança
que tanto se esfalfou a trabalhar
deu o seu melhor com a esperança
de um dia poder tranquilamente descansar.
Isto é como tudo na nossa vida
os tempos vão mudando necessariamente
e aos poucos a coragem vai acabando esmorecida
com mãos cansadas do homem de antigamente.
Honrado lavrador de antigamente
que sacrificava a vida pelos campos de cultivo
logo de manhãzinha cedo e habitualmente
lá ia ele alegre para o trabalho, decisivo.
Nunca se queixou de alancar com tão pesado fardo
muito duro em dias e dias de frio e de orvalho
ainda mal o dia nascia e ao lusco-fusco pardo
andava sempre alegre no seu trabalho.
Mudam-se os tempos em mutação
transformou-se a mão de obra em maquinaria
o lavrador de outrora tinha por condão
trabalhar a pulso por obrigação necessária.
Quanto do seu suor derramou no custoso labor
para no dia a dia poder granjear o seu pão
o exímio e honrado e calejado lavrador
nunca ao seu trabalho disse que não.
ArtCar (Artur Cardoso)
(Poema de minha autoria).
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