Anda o medo por entre a escuridão
com passos lentos e aparentes
a respiração em suspensão
e um áspero bater de dentes.
É o mafarrico energúmeno
com as ossadas a ranger
saliva um tal veneno
para o que der e vier.
Anda à roda um diabrete
repolhudo e ledo
à espera de banquete
baila à volta do medo.
E o medo de tridente em riste
com os olhos em labareda
esse tal medo não existe
não tem chifres nem cauda.
Ter medo, é dos vivos!
tal como dos línguas-de-trapo,
esses, são venenosos impulsivos
quando incham como o sapo.
ArtCar (Artur Cardoso)
(Poema de minha autoria).
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