Arrefeceu esta madrugada,
senti arrepios de frio,
sintomas da próxima invernada,
de velhice e de tempo sombrio.
Aproximam-se frio e ventos agrestes,
embora de não preocupar,
os horizontes ficam mais tristes,
com vento frio a sibilar.
Recorre-se a quentes agasalhos,
acendem-se aquecedores ou a lareira,
fazem-se projetos para novos trabalhos
e passa-se o tempo da melhor maneira.
O tempo de frio gélido,
faz-me lembrar o de antigamente,
todo o sensível é ávido,
ao quentinho do lume quente.
Há volta do lume a arder,
em conversas de família animadas,
havia licores, vinho novo para beber,
frutas da época, castanhas assadas.
Vai-se perdendo a tradição,
em noites frias de bruma,
de aquecer o coração,
assar castanhas na caruma.
Vai longe o meu sonhar,
de candura e de esperança,
com saudade a recordar,
pressupostos sonhos de criança.
Ainda estamos no outono
e o inverno já está para chegar,
umas horas de sono
e eis um novo dia a despertar.
(ARTCAR) Artur Cardoso
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