Se soubesses!
Se soubesses o que é cuidar duma roseira,
quantas picadelas apanho,
se por ti não tivesse tanta cegueira,
se soubesses como é um picar estranho.
Se não apertasses as rosas contra o peito
e se não inalasses o seu perfume delicado,
se eu não soubesse como é o teu jeito,
de certo que não estaria a teu lado.
Se não fosses tal como és uma delicada flor,
não escreveria para ti versos e prosas,
se não voasses mais alto do que o condor,
não apanharia as picadelas das rosas.
Se soubesses…, se tu soubesses,
quantas vezes eu as cheiro ao dia,
em cada pétala mil preces
e em cada beijo, amor e poesia.
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Se jardim fosse eu,
cultivo das tuas rosas,
mereceria com certeza o céu,
se não fossem elas mimosas.
Gosto de rosas e não o nego,
se me forem dadas com amor,
ao meu peito as aconchego,
se não tiverem espinhos de dor.
Rosas, muitas e viçosas,
se forem com amor tratadas,
amo todas as rosas,
singelas, belas e perfumadas.
(ARTCAR) Artur Cardoso
(Poema de minha autoria).
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