Viraram os ventos de outros tempos,
mudaram-se as vontades de então,
no mesmo mundo de iguais sentimentos
mas só com um senão.
Quantas canseiras as de uma mãe,
tantos afazeres com tanto amor,
lágrimas que chora e porém,
ninguém lhes dá o verdadeiro valor.
Solta um ai de cansaço, silencioso,
um lamento de preocupação,
um sorriso aberto e amoroso
que se solta de dentro do coração.
Tempos difíceis os de agora,
de nervosismo e de tamanha destreza,
sempre a correr por aí afora,
sem tempo para a sua natureza.
É um correr velozmente,
quase, quase ao limite da sua força,
numa correria de amor constante,
não mata mas faz mossa.
É a canseira do trabalho doméstico,
é o cuidar primoroso dos filhos,
um vai e vem maquinal e frenético,
preocupações e cadilhos.
As mães são como delicadas flores,
deveras preocupadas que enfim,
cuidam por excelência dos seus amores,
no canteiro do seu jardim.
O mundo a correr vertiginoso,
corre sempre a galopar,
só não corre o ocioso,
sentado a ver o tempo passar.
Assim corre uma mãe inteiramente,
de corpo e alma aos seus deveres,
sempre atenta, sempre presente,
na azáfama dos seus afazeres.
(ARTCAR) Artur Cardoso
(Poema de minha autoria).
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