Velho barco sem destino!
Passa inquieto e instintivo
o vento apressado a sibilar
parece chamar aflitivo
alguém perdido no mar.
Um barco flutua sem destino
na agitação buliçosa das ondas
ao lusco-fusco matutino
tenebrosas e hediondas.
Quantas tempestades enfrentou
foram tantas as idas ao mar
quanta fome o velho barco matou
com pescadores a laborar.
Uma onda fatal a aumentar
afunda o velho barco sem destino
foi para o fundo do mar a descansar
naquele alvorecer matutino.
ArtCar
(Poema de minha autoria dedicado muito carinhosamente aos velhos barcos de pesca que já navegaram e laboraram muito em águas profundas do mar e alguns repousam no fundo).
É sempre com muita tristeza que recordamos estas tristes tragédias, mas ainda bem que as recordamos é sinal que não esquecemos esses homens e mulheres que com esse trabalho duro e de muita coragem traziam o que de melhor à mesa de todos nós. Parabéns Sr. Artur por mais este lindo poema, um abraço.
A Azevedo
Estou completamente de acordo com as suas palavras meu amigo Sr. Agostinho!
Nunca é demais falar de pessoas de alma nobre e coração aberto que são os nossos pescadores. Lutam arduamente dia e noite para auferirem o seu salário que mal lhes chega para alimentar as famílias.
Recordar velhos barcos que muito navegaram no nosso mar e alguns deles repousam no fundo é sinal de saudade.
Homens destemidos e corajosos que lutavam contra as ondas revoltas sem auxílio de motores, hoje, já não existem.
Muito obrigado pelo seu testemunho meu amigo e um grande abraço de amizade.
Artur Cardoso (ArtCar)
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