Quarta-feira, 21 de Maio de 2014

Velho barco sem destino!

 

 

 Velho barco sem destino!

 

 

Passa inquieto e instintivo

o vento apressado a sibilar

parece chamar aflitivo

alguém perdido no mar.

 

 

Um barco flutua sem destino

na agitação buliçosa das ondas

ao lusco-fusco matutino

tenebrosas e hediondas.

 

 

Quantas tempestades enfrentou

foram tantas as idas ao mar

quanta fome o velho barco matou

com pescadores a laborar.

 

 

Uma onda fatal a aumentar

afunda o velho barco sem destino

foi para o fundo do mar a descansar

naquele alvorecer matutino.

 

       ArtCar

 

 (Poema de minha autoria dedicado muito carinhosamente aos velhos barcos de pesca que já navegaram e laboraram muito em águas profundas do mar e alguns repousam no fundo).

publicado por Artur Cardoso às 21:23
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2 comentários:
De novipesca a 21 de Maio de 2014 às 21:47
É sempre com muita tristeza que recordamos estas tristes tragédias, mas ainda bem que as recordamos é sinal que não esquecemos esses homens e mulheres que com esse trabalho duro e de muita coragem traziam o que de melhor à mesa de todos nós. Parabéns Sr. Artur por mais este lindo poema, um abraço.
A Azevedo
De Artur Cardoso a 21 de Maio de 2014 às 22:24
Estou completamente de acordo com as suas palavras meu amigo Sr. Agostinho!
Nunca é demais falar de pessoas de alma nobre e coração aberto que são os nossos pescadores. Lutam arduamente dia e noite para auferirem o seu salário que mal lhes chega para alimentar as famílias.
Recordar velhos barcos que muito navegaram no nosso mar e alguns deles repousam no fundo é sinal de saudade.
Homens destemidos e corajosos que lutavam contra as ondas revoltas sem auxílio de motores, hoje, já não existem.
Muito obrigado pelo seu testemunho meu amigo e um grande abraço de amizade.
Artur Cardoso (ArtCar)

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